segunda-feira, 30 de março de 2015

Danças Circulares

Estou muito feliz pelo meu contato mais próximo com as Danças Circulares, depois de ter participado de evento do Grupo Semeia Dança, em São Paulo, V. Mariana, em 20.3.15.
Foi uma noite linda, com muitas pessoas participando da roda, onde celebramos o Equinócio de Outono: "Quando o céu beijou a terra" e o início de um "novo ano".
Os passos de cada coreografia foram aprendidos aos poucos por cada um, sem maiores dificuldades, a medida que a música ia se desenrolando. E, mesmo que a maioria das pessoas não se conhecesse, a energia que alí circulou, tenho certeza que tocou cada um de nós.
Um momento muito emocionante foi no final, quando juntos, sempre na roda, somente com uma mão no ombro do outro, cantamos o Hino Nacional, praticamente só as vozes, como uma forma de abençoar este país tão maravilhoso e desejar-lhe um ano próspero, em todos os sentidos.
Assim, entro em contato com mais uma ferramenta para meu trabalho com Dança Terapia, esperando, muito em breve, poder levar estas músicas e coreografias para meu trabalho.
LINDO!!!


terça-feira, 10 de março de 2015

O papel da Psicologia na América Latina

A última edição da revista "PSI", do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo, além de muitos tópicos interessantes, nos trouxe um para especial atenção, falando do verdadeiro papel da Psicologia na América Latina.

Foi no IV Congresso Brasileiro de Psicologia, onde dentro de uma vasta programação, houve a participação da Ulapsi (União Latino-Americana de Psicologia) em vários eventos, para a discussão dos avanços da Psicologia brasileira e as discussões com os demais países latino-americanos.

Nestas discussões, questionou-se a dependência da Psicologia latino-americana com a ideologia dos Estados Unidos e Europa, desconhecendo o que realmente acontece na Psicologia em outros lugares espalhados pelo mundo e comprometendo a soberania da disciplina local. Assim, chega-se a pensar, por exemplo, na elaboração de normas próprias e não mais baseadas na APP (American Psychological Association), que acabam por não dar a importância necessária às diferenças entre cada país, entre cada cultura e acabam, também, por nos manter sempre na posição de colonizados.

Defendeu-se, também, uma Psicologia mais ampla, que tenha a capacidade de alcançar de fato, as grandes maiorias historicamente excluídas, como negros, mulatos, índios. Uma Psicologia que seja realmente reconhecida nas políticas públicas dos países latino-americanos. É necessário libertá-la do seu eterno estado de submissão ao poder, para que possamos construir uma Psicologia com real valor, forte, independente, para que possa cumprir, de fato, seu papel dentro da sociedade.

Paro para pensar neste tema, pois ele é de real importância e se esta for compreendida, poderá ser o passo crucial para a construção de uma Psicologia de verdade. E me vem à mente, também, até que ponto nós todos, profissionais nesta área, não estamos atuando, pensando e falando de acordo com esta submissão, já intrínseca, como uma tatuagem em nossos corações, desacreditando nós mesmos daquilo que deveria ser prioritário e colocando em risco nossas próprias atuações e de toda uma classe.

Vale a pena refletir......