Projeto ART&VIDA

Introdução

O Projeto ART&VIDA, que derivou da Terapia Bioenergética,  foi inicialmente pensado como um projeto que utiliza a dança, de forma terapêutica, com o objetivo de ajudar na inclusão social de crianças e adolescentes de comunidades carentes . Foi pensado como forma de empreendedorismo social ou “social enterpeneur”, como colocado em alguns contextos. Dentro deste objetivo específico, ele poderá ser realizado em médio/longo prazo.

Mas, após algumas considerações, questionamentos e analisando demandas mais diversificadas, ficou claro que o projeto poderia ser igualmente direcionado de forma muito eficiente, para diversos fins, além deste inicial, em ambientes variados, como instituições de ensino, organizações, área hospitalar, clínica para o cliente individual ou grupo, trabalhos sociais, etc, sempre utilizando a dança como ferramenta na resolução de prováveis conflitos ou simplesmente para um auto-conhecimento mais aprofundado. O principal objetivo do Projeto ART&VIDA é, então, a forte utilização e divulgação da dança como importantíssima ferramenta, atuando juntamente com a Psicologia. Referimo-nos a este trabalho com a dança, tanto como integrada a diversas melodias, apresentadas de acordo com determinado critério em um mesmo trabalho, quanto especificamente à Dança do Ventre, utilizada para o público feminino. Mais adiante teremos mais novidades com relação a danças diferenciadas!! A Dança do Ventre será explicada em página anexa, pois seu conteúdo é um pouco mais extenso.

É necessário entender dois pontos importantes:

1 – se o caso for a resolução de um conflito, este não deve ser visto como um “problema”, como algo negativo, mas como qualquer fator que influencie, em algum momento, o fluir natural do desenvolvimento de um indivíduo ou de um grupo.
2 – o fato de utilizar a dança não significa que seja preciso ter qualquer noção sobre ela ou que se aprenderá a dançar. A dança é somente um meio, um instrumento dentro do trabalho terapêutico. Entenda-se “dança” não na sua conotação técnica, mas simplesmente como uma forma de expressão corporal que “traduz” os componentes afetivos/emocionais de cada um.

A Dança como terapia

A atividade expressiva é tanto um processo integrador
como fonte de aprendizado sobre si mesmo.
Jannie Rhyne


A dança, assim como todas as artes, é o fruto da necessidade humana de se expressar. Assim, ela é fonte de conhecimento que se manifesta através da linguagem do próprio corpo, única propriedade verdadeira de que o homem dispõe para manifestar sua essência, cultura e história. Por este motivo, a dança é a única arte que independe de um objeto intermediário para se concretizar. Desta forma, o homem se organiza internamente e como parte da sociedade onde está inserido, podendo vivenciar as transformações que ocorrem nele próprio e no mundo ao seu redor.

Desde milhares de anos atrás, quando a expressão corporal foi a primeira manifestação de comunicação entre os seres humanos, mesmo antes da utilização da palavra, o movimento era a forma do corpo aprender sobre seus antepassados e incorporar sua sabedoria. A dança educava o corpo para viver dentro de uma comunidade, preparando-o para caçar ou cultivar a terra, para cuidar dos filhos, para comemorar e brincar e até para reconectar-se com seus deuses. E temos aqui o termo educar em seu sentido mais amplo, que abrange tudo e todos, repleto do mais forte significado e qualidade de vida. Naqueles tempos, o movimento tinha um caráter descontraído. Ele fluía livremente. Ou seja, era o próprio fluir da vida, significado que foi perdido com o passar dos anos e que é praticamente esquecido hoje em nossa moderna civilização, onde os movimentos se apresentam de forma automatizada e desordenada, o que reflete as características de nossa sociedade atual.

A dança é uma forma de linguagem. A vivência com a dança é um caminho de auto percepção, auto-conhecimento e comunicação. Ela favorece a conscientização de cada um sobre sua singular maneira de ser e de se relacionar. Por esses motivos em especial, a dança se enriquece e passa a ser um processo terapêutico.

A Dança Terapia ainda é motivo de muitas dúvidas e confusão por parte do público leigo. Com sua importância crescente em diversas áreas, a Dança Terapia vai se revelando como um dos mais importantes tratamentos da atualidade. Por isso, acaba por sofrer o preconceito de visões mais tradicionais, adeptas somente aos benefícios da medicina alopática e científica conservadora. 


A dança como terapia, estimula os movimentos corporais livres em conjunto com a música e, assim, são capazes de fazer uma conexão eficaz entre o emocional supostamente “inatingível” e a consciência, promovendo, assim, o “fluir” natural de sentimentos que permanecem inconscientes na memória do indivíduo e do seu próprio corpo.

Todas as representações mentais, ou seja, a tradução daquilo que vivenciamos no dia-a-dia desde que nascemos, juntamente com crenças e valores são os elementos que formam nossos padrões corporais. Num trabalho conjunto, eles formam o caráter, a personalidade de cada um de nós, que influencia diretamente nossa auto-estima, o relacionamento com o meio ambiente e nossa percepção física.

Se o padrão corporal é rígido, por exemplo, é porque as representações mentais, valores e crenças também o são, formando uma personalidade igualmente rígida. Simplificando, nosso corpo e suas manifestações são uma tradução do que realmente somos. Nosso corpo sempre colocará em evidência a nossa forma, positiva ou não, de nos relacionarmos com o mundo.
Mesmo em casos onde não há nenhuma queixa clínica, a Dança Terapia poderá ser uma maneira satisfatória de resolver momentos de crise pessoal, aprofundar o autoconhecimento ou liberar sua vivência em direção à alegria e à criatividade.

O terapeuta possui, assim, uma segunda linguagem com a utilização da Dança Terapia, com a qual pode se comunicar com seu cliente. Esta segunda linguagem possibilita reviver as relações primárias e alcançar mais facilmente um nível mais profundo de experiência do que aquele obtido com uma abordagem puramente verbal.

A Dança Terapia promove a integração do indivíduo nas esferas emocional, cognitiva e física, através do auxílio na melhora da auto-estima e da própria imagem do corpo, no desenvolvimento de habilidades de comunicação e de relacionamento mais efetivos, na expansão do repertório de movimentos, no ganho em termos de padrões de comportamento e na formulação de opiniões autônomas para lidar com problemas.


Além de abordar aspectos como concentração, imaginação e movimentos corporais, a Dança Terapia, além de ser muito importante para portadores de distúrbios emocionais e psicológicos, vem sendo muito utilizada na recuperação de indivíduos com limitações físicas, de acordo com o site do Centro Brasileiro de Dançaterapia:
“Através da integração a dança terapia busca o prazer de viver e por meio de um diálogo corpóreo abre possibilidades de novos caminhos que auxiliam as pessoas a conviver e a lidar melhor com diferentes situações como ansiedade, desequilíbrios, falta de auto-estima, timidez, obesidade, estresse negativo, medos, depressão, isolamento, problemas de relacionamento, distintas deficiências como surdez, problemas motores, de visão, Síndrome de Down e paralisia cerebral, entre outros. A conscientização e a auto-descoberta desenvolvidas na dança terapia fazem com que o indivíduo desperte para possibilidades ainda não percebidas, criando num novo olhar sobre si mesmo. Um olhar de criança frente ao novo, melhorando a qualidade de vida interna do ser humano e integrando-o à sociedade onde vive. E onde a experiência e a contribuição de cada um revelam o respeito, a auto-aceitação e a beleza natural do movimento.”


Assim, a Dança Terapia está se tornando um recurso riquíssimo tanto dentro da atuação da Psicologia , como de qualquer outro tipo de terapia para indivíduos ou grupos. Seu campo de atuação é extremamente vasto e proporciona o alcance de resultados comprovadamente eficazes.

Público Alvo e Metodologia

Como já mencionado anteriormente, a Dança Terapia é destinada aos mais diversos públicos, dentro dos âmbitos organizacional, escolar, hospitalar, social, clínico, etc., para a solução de qualquer tipo de conflito ou para o auto-conhecimento.  
Dentro de cada um destes ambientes, haverá uma metodologia própria para a coleta de dados necessária, com relação a:

definição do perfil da organização/instituição ou anamnese (no caso da clínica);
entrevistas mantidas em sigilo (quando necessárias);
identificação do conflito (se houver);
plano de ação.

Após a coleta de todas as informações pertinentes e da identificação do conflito (se houver), o plano de ação é elaborado, tendo como objetivo principal, o apoio a todos os envolvidos para a conquista de seus objetivos e metas e como uma forma de integração entre todos os membros do grupo, com o objetivo final de alcançarem, juntos, os resultados positivos almejados. É aqui que a Dança Terapia é colocada como opção de ferramenta a ser utilizada neste trabalho e são dados todos os detalhes de como será a aplicação do método, do ambiente físico a ser utilizado, dos materiais necessários (sob responsabilidade do profissional), da assiduidade das sessões e do valor do investimento. A identificação do conflito e o plano de ação são propostos como uma devolutiva, em forma de relatório e apresentação em P. Point.

No caso da clínica, para igualmente trabalhar o indivíduo ou grupos, existem algumas ressalvas, fazendo com que este ambiente se diferencie dos demais. Pela elaboração da anamnese, as entrevistas já estão aí incluídas. É no momento inicial, anterior à anamnese, que se realiza o contrato verbal, onde cliente e profissional realizam os ajustes necessários com relação a tudo o que envolve os acompanhamentos: frequência dos atendimentos, sigilo profissional, valores e todas e quaisquer dúvidas que o cliente venha a ter. A anamnese precisa ser feita para cada integrante de cada grupo, de uma forma mais “suave” que o corriqueiro. Na conclusão da anamnese, identifica-se o conflito, se houver, que é direcionado ao cliente como uma devolutiva, juntamente com a proposta da Dança Terapia, preferencialmente em grupo, como processo terapêutico. Portanto, exclui-se o Plano de Ação.

Em linhas gerais, para todos os ambientes, cada uma das sessões é iniciada com uma conversa rápida entre os componentes do grupo, como forma de relaxamento e “aquecimento” e, em seguida, de acordo com a demanda de cada grupo e do conflito a ser trabalhado, o profissional estabelecerá as diretrizes para o que será vivenciado através da música e da dança.
Ele será o mediador dos trabalhos em cada sessão, podendo participar ou não e utilizando suas habilidades e técnicas que lhe permitem observar, orientar e interferir, se for necessário. No final de cada sessão, o grupo se reúne novamente para falar sobre o que cada indivíduo vivenciou e como forma de finalizar os trabalhos desse dia.
É importante que, a cada sessão, a dinâmica aconteça de forma diferente, com tipos musicais variados, pois possibilita o enriquecimento de cada vivência e do trabalho em si.

Com a aplicação do método, a cada dia é possível conhecer melhor cada indivíduo, seus comportamentos, suas características, como ele sente e age, com relação a si próprio e ao meio que o cerca. É possível conhecer o mundo de cada um, em toda a sua singularidade e, assim e com o convívio e troca de vivências com o resto do grupo, atingir o objetivo do trabalho.

Neste parágrafo final, gostaria de esclarecer que Gaby Prado não fundamenta sua atuação na metodologia da Sra. Maria Fux, bailarina reconhecida e que estruturou seu trabalho em sua experiência pessoal nos palcos, através da dança. Meu trabalho com a dança, como ferramenta terapêutica, baseia-se numa abordagem humanista, levando em consideração os princípios da Psicologia da Gestalt e da Terapia Bioenergética. É um trabalho muito sério, que absorve muito tempo e investimento de energia positiva, não sobrando nada para detalhes relativos aos nomes utilizados, o que não ajudaria a desenvolver cada vez mais o trabalho. Seria um gasto inútil de tempo. O termo "Dança Terapia" foi, assim, abraçado, pois a dança, como qualquer outra forma de expressão artística, é uma ferramenta muito poderosa dentro de um processo terapêutico. Simples assim. O trabalho com a dança precisa ser muito mais sério do que a superficial preocupação com nomenclaturas.

Uma visão específica: o alcance do sucesso profissional

Depois de tudo o que foi exposto até este momento, podemos colocar que o trabalho com dança tem também um alcance mais específico, dentro da demanda individual de uma melhoria no desempenho como profissional.

Desta forma, a dança também pode oferecer a pessoas, as ferramentas que lhes possibilitem caminhar na direção do autoconhecimento, para a conseqüente melhoria de sua auto-imagem, como indivíduo e como profissional, sendo destinada a qualquer individuo, em seu âmbito específico, para o objetivo final de construir uma auto-imagem positiva, que lhe permita um melhor desempenho profissional.

O processo do trabalho se configura da mesma forma como já descrito anteriormente, com a ressalva de que, durante todo o processo com a Dança Terapia, será verificada a necessidade ou não do direcionamento destas pessoas para trabalhos mais específicos, de acordo com a meta a ser alcançada, como: nutricionista, profissional que oriente com relação à vestimenta e postura e outros. Cabe salientar que estes profissionais atuam como parceiros, mas com um trabalho paralelo ao descrito até este momento.









Um comentário:

  1. Olá!!
    Quem m recomendou o seu contato foi a Analía, em um Café com pRosa em Alphaville.
    Estou muito curiosa para conhecer o seu trabalho. Tenho uma cliente para uma aula de beleza amanhã, 16/5 às 13h, se não eu iria prestigiá-la na ACM.
    Boa sorte!
    Beijos Pink!
    Iluska - Camarim Mary Kay

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